Roeung Sorphy é uma das mulheres que dirigem os “tuk tuk” em Siem Reap, uma das principais cidades do Camboja, e conseguiu superar a discriminação para encontrar um lugar nesse mercado dominado pelos homens. Ela assumiu o volante há três anos, depois de conseguir um empréstimo de três mil dólares no banco para comprar um “tuk tuk”. Apesar dos obstáculos no caminho, como atos de intimidação física e verbal por parte de seus colegas homens, ela perseverou e conseguiu ganhar respeito na profissão.
Sieng Meng, outra condutora de “tuk tuk”, relata que no início teve dificuldades em acreditar que poderia dirigir esse tipo de veículo, mas hoje afirma que qualquer mulher pode fazer isso.
Apesar dos recentes esforços do governo, o Camboja ainda enfrenta grandes desigualdades de gênero. As empresas que têm mulheres como proprietárias lutam para conseguir financiamento e seus negócios têm menos chances de receber ajuda estatal em uma economia dominada pelo setor informal.
O rendimento médio de um condutor de “tuk tuk” em Phnom Penh pode alcançar os 25 dólares por dia, mas em outras províncias os ganhos podem ser menores, de acordo com uma ONG cambojana especializada em trabalho informal.
Kim Sokleang, fundadora de uma associação que ajuda as condutoras de “tuk tuk”, relata que no começo teve dificuldades para conseguir passageiros, devido à discriminação de gênero. No entanto, hoje desfruta de uma popularidade inédita para a profissão.
Embora ela ainda reclame da falta de apoio das autoridades, Kim faz um apelo para que os governantes, na maioria homens, deem o exemplo e ajudem a combater a discriminação de gênero no país.
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